Série cases – Substituição de mufla queimada

jan 9, 2018 0 Comentários Dentro Sem categoria
Série cases – Substituição de mufla queimada

Desta vez, retratamos o caso de uma empresa que, por falta de manutenção preventiva, estava operando o sistema das instalações elétricas de 13.800 V com baixa resistência de isolamento.

Os sistemas nesta classe de tensão, devido ao período de operacionalidade, perda de vida útil, sobretensões e sobrecargas, poluição e intempérie, devem ser submetidos à manutenção preventiva, pelo menos, uma vez por ano, dependendo das condições operacionais e características da empresa que os detém.

Neste caso, a não conformidade ocorreu devido a uma não observância das recomendações mencionadas.

Ao ser solicitada em uma fábrica de celulose para papeis especiais, a Transformadores Jundiaí verificou que as muflas da rede que alimenta um dos circuitos de equipamentos prioritários da produção da empresa haviam sofrido um curto-circuito.

O circuito sinistrado foi desligado pelo sistema de proteção da empresa e assim permaneceu até a chegada da equipe da TJ, que, ao ser acionada, mobilizou-se imediatamente.

Ao chegar na empresa, uma equipe formada por supervisor e operadores eletricistas especializados nesta classe de tensão visualmente identificaram a extensão dos danos causados pelo curto-circuito na mufla. Ressalta-se aqui que curtos-circuitos geram arcos voltaicos de elevadíssima temperatura e destroem o componente envolvido, no caso uma mufla externa de 15 kV.

Foram observados os procedimentos de segurança, tais como a verificação da ausência de tensão, bloqueios dos dispositivos de acionamento do circuito, impedimentos, isolamento da área de trabalho, aterramentos temporários e sinalizações.

Com o dano confirmado nas condições mencionadas, a mufla não conforme foi removida. Foi realizado um teste de resistência de isolamento (Megger) no cabo e ficou constatada sua baixa isolação e alto grau de umidade (água livre) nos eletrodutos e caixas de passagem.

Além da substituição da mufla não conforme, foram feitos procedimentos de condição para a infraestrutura, caixas de passagem e eletrodutos, que não permitem reter água.

Os circuitos de 13.800 V geralmente são alimentados por sistema em parte externa (nas intempéries) e conduzidos para alimentar componentes internos. Isso resulta na condição encontrada de existência de água de chuva no interior dos eletrodutos e caixas de passagem. Mais um motivo para as manutenções preventivas anuais ou, dependo das características da empresa e índice pluviométrico da região, com maior frequência.

Como a mufla ficava montada em um poste com sistema trifásico, que na concepção da instalação foi previsto uma perna de cabo reserva, o cabo que teve a mufla sinistrada foi substituído por outro. Ressaltamos que este componente substituto é um sistema de stand-by, ou seja, reserva.

Com o circuito restabelecido fisicamente, foi realizada a inspeção visual e   medição da resistência de isolamento Megger.

Os resultados foram satisfatórios, portanto, o circuito foi liberado para energização. Para isto, foram removidos os dispositivos de segurança, bloqueios dos dispositivos de acionamento do circuito, impedimentos, isolamento da área de trabalho, aterramentos temporários e sinalizações.

Após a conclusão do serviço, novas inspeções e testes foram feitos em todos os componentes do circuito (chaves, para-raios, isoladores) e os resultados foram considerados satisfatórios para energização, porém, com recomendação para manutenção preventiva no sistema no menor prazo possível.

A medição de resistência de isolamento deve ser realizada nos cabos com os mesmos desconectados, no entanto, naquele momento, esta necessidade era inviável. Devido à emergência do restabelecimento de energia elétrica, a energização ocorreu nas condições do momento.

A troca da mufla danificada do cabo substituído foi prevista em uma parada de manutenção programada pela empresa. O cabo que teve a mufla sinistrada possuía reserva no comprimento. A ponta danificada será cortada para instalação de mufla nova na parada programada. Este cabo ficará como a quarta perna em stand-by.

A TJ recomendou, com extrema urgência, que a empresa passe por uma manutenção corretiva, a fim de adequar suas instalações e nível de isolamento.

Responder

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.