Série cases – Repotencialização de transformadores

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jun 8, 2018/ 0 Comentários / Dentro Sem categoria
Série cases – Repotencialização de transformadores

Com o avanço da tecnologia e, consequentemente, da maneira de se construir transformadores cada vez mais adequados às necessidades das pessoas, trafos antigos podem passar por um processo de readequação ou, como utilizado no mercado, repotencialização, que ainda reaproveita seus fatores de segurança.

Recentemente, a TJ recebeu em sua fábrica, em Jundiaí, um transformador da década de 1950 (de 500 kVA, 13.800 / 440V), que foi construído com os recursos disponíveis naquela época, quando os sistemas elétricos existentes no Brasil eram de frequências 50 e 60 Hz. Importante ressaltar que transformadores construídos em 50 Hz podem operar em sistemas de 60 Hz; no entanto, o contrário não é possível.

Aquele transformador possui peso e dimensões superiores aos dos atuais, quando comparadas a potência e classe de tensão. Por isso, é um tipo de trafo que pode ser repotencializado.

Mas atente para as condições que permitem a um trafo passar por este processo:


  • o fabricante original deve fornecer os dados de cálculo e projeto do transformador;
  • o transformador deve ser aberto em uma empresa reformadora/repotencializadora, ou seja, com equipamentos e profissionais capacitados para tal;
  • o estado de conservação do transformador deve ser levado em consideração
  • em qualquer situação, a definição final somente poderá ser tomada depois da abertura e com base nas condições de conservação do núcleo;
  • se o núcleo não apresentar condições de utilização, a repotencialização se torna economicamente inviável;
  • em geral, a repotencialização de transformadores com modificações nos enrolamentos são aplicáveis em trafos com óleo mineral isolante;
  • em transformadores a seco, a repotencialização pode ser executada com a instalação de ventiladores.

A repotencialização de transformadores tem oferecido aos clientes um aumento de potência com a manutenção das dimensões originais, o que permite que as instalações físicas permaneçam as mesmas.


Confira o case de repotencialização feita pela TJ:


Características originais:

  • potência: 2500 kVA
  • alta tensão: 34.500 V
  • baixa tensão: 13.800 V
  • comutação sem tensão
  • frequência: 60 Hz
  • meio isolante: óleo mineral
  • resfriamento natural

Características depois de repotencializado:

  • potência: 3000 kVA
  • alta tensão: 34.500 V
  • baixa tensão: 13.800 V
  • comutação sem tensão
  • frequência: 60 Hz
  • meio isolante: óleo mineral
  • resfriamento natural

Agora, saiba, em detalhes, como é feita a repotencialização:


  • transformador foi aberto com remoção das bobinas originais do núcleo;
  • núcleo trem que estar em boas condições;
  • foram observadas as medidas das janelas do núcleo para verificar a possibilidade de montar as novas bobinas repotencializadas;
  • foi observada a capacidade de indução do núcleo para a nova potência repotencialzada;
  • foi observada a capacidade do sistema de resfriamento (radiadores) para verificar as necessidades de dissipação de perdas na potência de repontencialização;
  • foram observadas as capacidades de corrente das buchas na potência de repotencialização;
  • foram observadas as dimensões internas do tanque requeridas para os afastamentos dielétricos para a classe de tensão do transformador e dimensões das bobinas repotencializadas;
  • com base nas observações mencionadas, foi realizado cálculo das novas bobinas repotencializadas;
  • as bobinas repotencializadas foram fabricadas e montadas;
  • transformador foi montado na nova concepção de repotencialização;
  • ensaios elétricos finais;
  • atualmente se encontra em operação com a nova potência de 3000 kVA.

Com a utilização dos recursos da tecnologia informática, os cálculos dos transformadores modernos puderam ser executados nos limites construtivos.


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